sábado, 17 de dezembro de 2011

Ensina a Criança


O livro de Provérbios, escrito e organizado em sua maior parte por Salomão rei de Israel, filho de Davi, descreve dentre outros assuntos a responsabilidade para com a educação dos pequeninos, é nele que se encontra escrito um dos textos mais conhecido quando o assunto é o ensino das crianças no caminho do Senhor: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele." (Pv 22.6)

Um dos propósitos pelo qual esse livro foi escrito, foi exatamente a instrução dos jovens de Israel, nele existe ensinamentos relacionados à todas as áreas da vida e a educação do jovem e da criança. Portanto devemos ensinar a criança “o temor do Senhor (Pv 24.21), para que sejam sábias e andem pelo caminho que conduz a vida, respeitando os seus pais, ouvindo os seus conselhos e assim sendo motivo de alegria para eles e não de tristeza. (Pv 1.8-9; 6.20; 10.1; 17.25; 29.17; 19.26; 19.13).

Assim, como o apóstolo João disse dos cristãos, os pais dirão quando vir seus filhos sempre nos caminhos do Senhor, "Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade."(3 Jo 1.4), e poderão ainda, dizer como Josué seja qual for as circunstâncias: "Eu e minha casa serviremos ao Senhor" (Js 24.15).


Além disso, Deus sempre demonstrou interesse especial pelas crianças, desde os tempos antigos, já na aliança com Abraão Ele disse: “Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu Deus e da tua descendência.”(Gn 17.7). 

Quando o SENHOR instituiu a Páscoa disse que as crianças deviam ser informadas sobre o significado dessa festa que é uma das mais antigas do mundo.

Guardai, pois, isto por estatuto para vós outros e para vossos filhos, para sempre. E, uma vez dentro na terra que o SENHOR vos dará, como tem dito, observai este rito. Quando vossos filhos vos perguntarem: Que rito é este? Respondereis: É o sacrifício da Páscoa ao SENHOR, que passou por cima das casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios e livrou as nossas casas. Então, o povo se inclinou e adorou.” (Êx 12.24-27).

Nas tábuas da Lei dada a Moisés, na aliança que o Senhor fez com o seu povo, as crianças também são mencionados em alta consideração: “...Eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.” (Êx 20.4-6).

Dessa forma no Livro de Deuteronômio ficou registrado uma ordem de Deus, que se tornou uma das principais confissões dos judeus conhecida atualmente por "Shemá - Ouve". Pois a declaração diz: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.” O texto ainda, descreve que os mandamentos do Senhor devem ser ensinados aos filhos e aos filhos dos filhos para que eles também temam ao Senhor.

   
“Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR, teu Deus, se te ensinassem, para que os cumprisses... para que temas ao SENHOR, teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida; e que teus dias sejam prolongados... Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te... Quando teu filho, no futuro, te perguntar, dizendo: Que significam os testemunhos, e estatutos, e juízos que o SENHOR, nosso Deus, vos ordenou? Então, dirás a teu filho: Éramos servos de Faraó, no Egito; porém o SENHOR de lá nos tirou com poderosa mão... O SENHOR nos ordenou cumpríssemos todos estes estatutos e temêssemos o SENHOR, nosso Deus, para o nosso perpétuo bem, para nos guardar em vida, como tem feito até hoje.” (Dt 6.1,2, 4-7, 20-21).


O Senhor Jesus também demonstrou um carinho todo especial pelas crianças e ficou registrado por seus discípulos o seu grande interesse pelos pequeninos, quando os seus discípulos tentavam impedir a aproximação delas. “Trouxeram-lhe, então, algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos e orasse, mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus... Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele. Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava.” (Mt 19.13,14; Mc 10.15,16).

Assim também, as famílias e as igrejas de nossos dias devem dá atenção especial aos pequeninos do Senhor, os pais, os pastores, professores e auxiliares devem reconhecer o privilégio e a responsabilidade que há na educação infantil, pois esse é um trabalho de grande importância para a família e para a igreja do Senhor.

Por isso, dediquemo-nos e procuremos executar da melhor forma possível essa tarefa que nos foi confiada pelo Senhor da Igreja, certamente há uma grande recompensa da parte do nosso Deus para aqueles que o amam e servem de todo o coração. Ele nos chamou para compartilhar a sua Santa Palavra também com os pequeninos, pois, as crianças precisam igualmente aprender o valor e a importância da Palavra de Deus para suas vidas, e assim devem aprender a amá-la e guardá-la em seus corações.

2 comentários:

  1. Ambientes barulhentos agridem

    Na 22ª. segunda semana de gravidez, a cóclea, órgão que abriga todos os componentes da audição dentro da orelha interna, já está completamente formada. Isso quer dizer que o bebê ouve a mesma coisa que você.

    Estudos já demonstraram que o líquido amniótico pode amplificar alguns tipos de som, como os muito graves. A voz da mãe também é amplificada em cerca de 5 decibéis.

    Um estudo chegou a mostrar que mulheres que trabalhavam oito horas por dia num ambiente de muito barulho (em volumes que exigiam proteção auricular) corriam mais risco de ter bebês com problemas auditivos.

    Além disso, é preciso considerar que um barulho muito forte faz com que o organismo da mãe produza hormônios ligados ao estresse, fazendo o coração acelerar, o que não é bom para a saúde cardíaca do bebê.

    Os bebês, desde o útero materno, ouvem e reconhecem vozes. Sabe-se também que são capazes de sentir emoções da mãe, de se assustar e que após o nascimento terão memórias da vida intra uterina.

    O psiquiatra canadense Thomas Verny explica no livro “Bebês do Amanhã: Arte e Ciência de Ser Pais”, que desde os primeiros meses de gestação, a criança é capaz de identificar certos acontecimentos.

    “Com 4 meses e meio, se você acender uma luz forte na barriga de uma gestante, o bebê vai reagir. Se fizer um barulho alto, ele tenta colocar as mãos nas orelhas. Se colocar açúcar no liquido amniótico, ele vai dobrar a ingestão. Bebês gostam de açúcar! Quando se coloca algo amargo, o bebê para de tomar o líquido e faz cara feia. Eles sentem a diferença entre doce e amargo, reagem à luz, ao toque e ao barulho.”

    Vídeo-game e todos os brinquedos sonoros devem ser avaliados pelo som que emitem. “O sistema auditivo é um órgão sensorial extremamente delicado e passível de lesões se for muito carregado, principalmente em bebês, que têm uma sensibilidade auditiva muito apurada. A célula ciliada do ouvido interno do bebê sofre com o ruído excessivo e esse abuso pode acabar levando à sua destruição”, alerta o otorrinolaringologista Jamal Azzam.

    A indicação é sempre manter os pequenos longe de ambientes muito barulhentos, seja um local fechado ou na rua, onde o som do trânsito também causa incômodo. Se for inevitável fugir desses locais, o ideal é proteger os ouvidos da maneira certa. “Muitos pais usam algodão para tapar o canal auditivo, mas isso não garante a vedação necessária do som. Uma opção é usar fones de ouvido de boa qualidade que preservem a audição”, finaliza Azzam.

    “Há uma região no cérebro chamada “tálamo”. Esta é a parte do cérebro na qual a música é percebida. No tálamo as emoções, sensações e sentimentos são percebidos antes destes estímulos serem submetidos às partes do cérebro responsáveis pela razão. A música, portanto, não depende do sistema nervoso central para ser assimilada imediatamente pelo cérebro. Ela passa pelo aparelho auditivo, pelo tálamo e depois vai ao lobo central.

    A “batida” que substitui o ritmo provoca um estado de emoção que a mente não discerne. Desorganiza a química. As batidas graves da percussão afetam o líquido cerebrospinal.
    O volume (amplificado) das músicas acima de 50 decibéis prejudica a audição e a saúde cerebral”.


    Ivone Boechat

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    1. Por isso que as igrejas devem buscar ser um lugar tranquilo de adoração e aprendizado, não de barulho e gritaria. Grato pela contribuição Ivone Boechat.

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