terça-feira, 25 de outubro de 2022

Recursos Bíblicos e Tecnológicos para Crianças

Queremos apresentar nesse texto dicas e recursos bíblicos e tecnológicos que se bem usados poderão ser úteis na educação cristã.

Existe muitas discussões sobre os benefícios e problemas vindos com o uso da internet que inegavelmente faz parte do cotidiano de todos independente da idade. 

Entre os BENEFÍCIOS: 

  • A praticidade - fazer muitas coisas sem sair de casa; compras, pagamentos, estudos (EAD ou híbrido), trabalhos, entretenimento;
  • Comunicação - ‘socialização virtual’ (textos, áudios, vídeo conferência, metaverso...), minimizando limitações físicas, "diminuindo" distâncias no tempo e no espaço, etc.
  • Na educação infantil: Torna as aulas mais autônomas, dinâmicas e divertidas com jogos educativos individuais ou em grupos; prepara para o futuro; estimula a aprendizagem e a capacidade de absorver conteúdos diversos; retém a atenção podendo aumentar o interesse, curiosidade, imaginação, raciocínio lógico e criatividade.

O uso consciente da tecnologia é reconhecido pela BNCC - Base Nacional Comum Curricular, como um grande aliado a educação em geral.

Alguns PROBLEMAS do mau uso são:

  • Distanciamento (mesmo debaixo do mesmo teto) relacionamentos superficiais e “descartáveis”, narcisismo ou "síndrome de celebridade", sedentarismo, isolamento; 
  • Insônia, ansiedade, imediatismo - pensamento acelerado sem foco ou multifocal, sensação de perca de tempo, improdutividade e estagnação, depressão, e outras alterações físicas e emocionais. 

É notório que vídeos influenciam desde a percepção da realidade, a linguagem e o comportamento. Especialmente das crianças que aprendem por imitação, e ainda não tem habilidades suficientes maduras para um senso crítico ao que são expostas.

Há discussões em torno das idades e tempo de uso dos recursos tecnológicos e os impactos psicossociais. Questões de competências dos pais e profissionais habilitados na área (pediatras, pedagogos, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos, etc). 

Assim, sabendo de antemão, que há tempo para tudo, há tempo para estudar, para o trabalho e lazer em todas as relações sociais, aplicando o que diz a Escritura por meio do rei Salomão (Ec 3). Alguns cuidados são recomendados:

  • Crianças devem usar dispositivos eletrônicos acompanhadas dos pais ou responsáveis, atentos, moderando e direcionando os conteúdos;
  • Ter regras e metas no tempo de uso, rotinas de estudos; brincadeiras, atividades físicas e interativas.

Mais sobre o assunto:

Segue alguns Recursos Bíblicos:

    1. Alfabetizando com a Bíblia - Nadere Reformatie & Knox Kids
    2. Baby Catecismo Ilustrado - Ana Paula
    3. Brevíssimo Catecismo de Westminster - Nadere Reformatie
    4. Lições no Breve Catecismo de Westminster para Escola Dominical Infantil
    5. Catecismo infantil - Os Puritanos
    6. Catecismo para Crianças - Brother Bíblia Arte
    7. Catecismo para Crianças Pequenas - Monergismo
    8. Memorizando o Breve Catecismo - Estante Confessional
    1. Canções baseadas no Catecismo de Westminster - Edinésia Morais
    2. A Bíblia Diz - Diego Venâncio 
    3. Cantando o Catecismo - Grion Espíndola 
    4. Músicas Bíblicas Infantil - LLKids 
  • Vídeos e Aplicativos:
    1. Bíblia para Crianças - YouTube 
    2. Minha Vida é uma Viagem - Músicas Bíblicas
    3. Turma do Cristãozinho - Músicas Cristãs para Crianças
    4. 3 Palavrinhas - Músicas Cristãs para Crianças
    5. Nossa Vida com Alice - Alfabetização Infantil

  • Livros (Indicações)


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Como Preparar Aulas


Queridos professores, nesse texto queremos ajudá-los de alguma forma na preparação de suas aulas da Escola Dominical, pois sabemos que algumas igrejas dispõem de poucos recursos tanto na preparação dos que ensinam as crianças quanto no material a ser utilizados nesse ensino, e há também casos em que se dispõe de tantos recursos que geram muitas dúvidas na hora de preparar uma aula para as crianças. 

A primeira coisa que queremos destacar aqui é que sua ênfase deve está no ensino da própria Escritura, para a preparação de uma aula bíblica para as crianças, você poderá usar sua bíblia para o seu próprio crescimento no conhecimento da Palavra do Senhor, e se for possível tenha em mãos uma outra em linguagem mais simples, procure entender bem os significados das palavras, para transformá-las na linguagem das crianças sem modificar o seu sentido.

Você pode dizer a mesma coisa com palavras diferentes, ou sinônimas, como por exemplo, “sábio e inteligente; justo e íntegro; ímpios, pecadores e escarnecedores; oração, súplica e ações de graças; salmos, hinos e cânticos; alma e espírito”, etc. Os hebreus faziam muito bem isso, sendo assim uma das principais características da poesia hebraica. O salmo 119 é um exemplo muito amplo e claro disso, nele o salmista destaca de várias formas e com várias palavras “A lei do Senhor”, ele fala, dos preceitos, estatutos, testemunhos, mandamentos, caminhos, veredas, etc.

Em seguida faça um resumo do que você estudou, assim você terá em mente o que pode destacar na hora da aula. O resumo deve ser pequeno e funcionará como um esboço ou guia da lição, pois, durante o ensino você sempre lembrará detalhes do que estudou, e se você fizer um esboço muito grande não dará tempo de apresentá-lo aos seus alunos, assim sendo, é melhor dividir bem o tempo da lição ou até mesmo a lição em partes para serem mais bem trabalhadas. Muitas “Bíblias Infantis” apresentam resumos bem úteis nesse sentido.

Um exemplo interessante sobre essa questão é “O Relato da Criação” Gn 1 – 2, você pode fazer um resumo incluído todos os dia da criação em uma só lição, e no final fazer uma atividades incluindo todas as coisas da natureza juntas, ou trabalhar cada dia da criação separadamente, com as atividades específicas para cada dia.

Lembre-se também, uma coisa importante sobre as crianças, é a capacidade de distração que elas têm, algumas pessoas afirmam que você consegue prender a atenção dos pequeninos por mais ou menos 5 a 10 minutos, se assim for dê ênfase e use maior parte do tempo para ensinar o texto bíblico, não comece com longas introduções, com brincadeirinhas que começará agitar o ambiente, ou com ilustrações e outras historinhas morais, mas comece com o Texto Bíblico, as ilustrações ou historinhas morais tem seu valor e utilidades, mas não substitui as Escrituras, e podem ser usadas na aplicação de alguns assuntos ou necessidades e momentos específicos, mas sempre o exemplo e ensino bíblicos devem vir antes, as outras coisas e atividades ficam para o final da lição.

Leia o livro de Provérbio de Salomão lá você encontrará textos que podem ser usados nos mais variados momentos e necessidades, pois ele trata de uma infinidade de assuntos, você pode ainda usar os exemplos dos servos de Deus do passado na hora de corrigir algum problema: Abel, Noé, Jó, Abraão, José, Davi, Daniel e seus amigos, Jonas, Paulo, etc.. são tantos os exemplos que a carta aos Hebreus descreve como sendo “uma nuvem de testemunhas”(Hb 12.1), esses servos do Senhor passaram por diversas circunstâncias que podem servir de lições para várias ocasiões da vida.

Outro detalhe importante sobre as crianças é o fato de aprenderem muito com o exemplo do coleguinha, se você prestar bem atenção vai perceber que eles sempre estão olhando o que o outro está fazendo durante a lição, e as vezes eles dão até dicas de que estão olhando mais para o coleguinha do que para você: “ – Olhe, professora! o que zezinho está fazendo, olhe para ele..” dizem apontando em direção ao outro. Assim se o exemplo do coleguinha for bom ou mal, os outros certamente vão copiá-los, elogie e mostre sempre os bons exemplos assim você os motiva a segui-los. O próprio apóstolo Paulo diz algo semelhante: “Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós.”(Fp 3.17)  e ele ainda destacou que o exemplo de humildade de Jesus deve ser seguido.(Fp 2.5-8)

Você pode amenizar ou diminuir essas distrações usando expressões do tipo: “meus amores, meus amiguinhos, meus queridinhos alunos”, e essas palavras devem refletir os seus sentimentos por ele. Essa forma de tratá-los, além de ganhar a atenção deles, você ganhará o carinho e respeito dos pequeninos do Senhor que irá permanecer em seus corações por toda vida. Outra forma de prender a atenção e não deixar a aula tão cansativa para eles, é prolongar de forma suave, as últimas sílabas de algumas palavras que você quer destacar, dando assim, ênfase aquele detalhe da lição, como por exemplo: “e ele foiiiiiii... assim ele caiiuuuuu... no abismo sem fim.

É importante também alternar o tom e o ritmo da voz, as vezes falar baixinho chamará mais a atenção das crianças do que falar alto, o gritar agita ainda mais o ambiente e tira o poder do próprio grito, nem sempre você alcançará o seu objetivo que é comunicar, gritando... Quando você alterna o tom da sua voz, mantém atenção sobre você, e quase sempre quando você diminuir o tom da voz forçará os ouvintes a fazer mais silêncio para lhe ouvir, além de criar um ambiente mais tranqüilo e silencioso que denunciará qualquer movimento ou barulho estranho. Isto também, contribuirá em manter a ordem da sala e o desenvolvimento da aula, e se você precisar falar alto terá melhor efeito do que ir aumentando o tom da sua voz juntamente com o das crianças para falar mais alto do que elas parecendo mais uma disputa de quem fala mais alto, e como elas também estão todas falando ao mesmo tempo dificilmente lhe ouvirá, em alguns caso é melhor fazer o antigo e tão conhecido som “psiiuuuuuu” com o dedo à frente da boca para que possa visualizar bem o que você quer dizer com aquele “psiiuuuuuu”, e em seguida faça você mesmo um pequeno momento de silêncio olhando bem pra eles, isso sempre ajudou muito. É só deixar claro para as crianças que “há tempo pra tudo debaixo do sol, tempo de estar calado e tempo de falar e até tempo de saltar de alegria”(Ec 3.4,7), assim também tem hora para conversar, cantar, correr e fazer várias outras atividades, e tem a hora de fazer silêncio e ouvir a lição da Palavra de Deus.


As atividades relacionadas à lição podem ser: Desenhos, tarefinhas sobre o assunto, trabalhos de colagem de figuras no papel ou montagens do tipo origamis, perguntas e respostas, ou outras dinâmicas e brincadeirinhas moderadas. É importante ainda você ensinar um corinho sobre o assunto, existem vários, e nesse caso é um recurso quase que indispensável para fixar o ensino. E também não esqueça o fundamental, o versículo para decorar.

Sabemos que é muita coisa para um só dia, por isso prepares bem as aulinhas, e seja fiel e dedicado no ensino da Palavra do nosso bondoso Deus, "sabendo que no Senhor o vosso trabalho não é vão."(1Co 15.58) Nesse espaço pretendemos ajudá-lo no preparo de suas atividades dominicais, conte conosco amados professores, Abraços!!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Que Tradução Usar?


Quando nos deparamos com a questão das traduções da Bíblia sempre ouvimos questionamentos, do tipo: “Diante de tantas traduções, que Bíblia devo usar?” Nesse texto vamos procurar compreender a questão no nível da educação infantil, entretanto, posteriormente poderemos ver melhor o assunto entre os adultos.

No ensino infantil a questão da tradução também não é diferente e as vezes fica ainda mais ampla, pois, sabemos que devemos comunicar o evangelho em linguagem simples e acessível as crianças, pois do que adiantaria falarmos, falarmos sem sermos compreendidos por elas?

De fato, temos a consciência, que a semente plantada no coração dos pequeninos do Senhor irá frutificar conforme a soberana vontade de Deus. Contudo, o apóstolo Paulo também tratou de uma questão semelhante, e alegou que preferia falar cinco palavras e ser compreendido, do que usufruir de toda a sua sabedoria e eloqüência e não ser entendido, (1Co 14.19, 1Co 1.17). Apesar da questão no contexto da carta se referir a imaturidade dos Coríntios, o apóstolo descreve que as crianças necessitam de uma linguagem mais simples (1Co 3.1). Diante dessa questão, ainda nos perguntamos: “Que tradução devemos usar no ensino das crianças?”

Primeiro, devemos evitar os dois extremos; o da linguagem culta e elevada demais para as crianças, pois dessa forma falaríamos sem sermos compreendidos, e o da linguagem demasiadamente simplista, o que poderá trazer um grande comodismo na mente da criança, e pode dificultar ou atrapalhar o seu desenvolvimento no futuro quando se deparar com uma melhor tradução das Escrituras.

A segunda questão diz respeito a leitura da Bíblia, pois, temos que incentivar os pequeninos a ler a Palavra de Deus desde a infância, e hoje existe uma grande variedade de Bíblias em linguagem simples para as crianças, por esses dias examinamos umas dez versões diferentes, e observamos que algumas delas além de não trazer uma linguagem apropriada para idades pretendidas, ainda contém acréscimos de detalhes que em alguns casos dão sentidos diferentes ao texto bíblico de fato, sendo quase a semelhança de bíblias temáticas que existem de montão em nossos dias.

   Dessa forma é preciso, comparar bem antes de comprar uma bíblia para seu filho, não compre apenas pelo título ou pelo desenho que tem na capa. Procure conhecer antes o texto que você dará ao seu filho, bem como os Dvds e Cds de músicas infantis. Pois, muitas vezes com eles vêm acompanhados grosseiros erros de interpretação bíblica. Tenha em mente ainda, que as bíblias em linguagem infantil, nem o simples fato de levá-lo a igreja não substituem a sua responsabilidade de ler e ensinar a Palavra de Deus ao seu filho, houve uma época em que muitos pais liam histórias para seus filhos antes de dormir e as bíblias infantis podem ser uma boa ferramente nesse sentido. Você deve ler e orar com eles, contar-lhes os feitos do Senhor e ensiná-los a guardar os seus mandamentos com vida exemplar, o texto é claro, “as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, ao levantar-te.”(Dt 6.7)

Dessa forma você mesmo tem que estudar, “examinar as Escrituras que testificam de Cristo” (Jo 5.39), e assim, poderá identificar os erros do nosso tempo, e ensinar a verdade a seu filho. Acreditamos que as “Bíblias para Crianças” têm sua utilidade e com certeza contribui de alguma forma no crescimento e educação das crianças, e existem muitas que nesse sentido são muito boas. Entretanto, lembre-se que elas constituem “simples paráfrases”, que constitui uma “tradução mais livre”, assim, parafrasear é basicamente, “explicar ou traduzir um texto por meio de uma linguagem mais simples sem, contudo, alterar as idéias originais”, a questão maior relacionada às traduções estão nos equívocos de interpretação.

A última consideração que queremos fazer aqui, está relacionada ao ensino do professor da Escola Dominical. Na igreja não adianta ele ter apenas didática ou metodologias de ensino, mas, o mais importante que isso é ele ter vida piedosa, conhecer e entender corretamente a bíblia, pois, há muitos que têm uma bíblia com uma tradução bem próxima do original, até conhecem um pouco de grego ou hebraico, as línguas em que foi escrita a Bíblia, mesmo assim são pregadores infiéis a Palavra e distorcem o ensino bíblico na hora de expor ou transmitir a Palavra de Deus.

Contudo, se vamos ensinar a Palavra de Deus as crianças, devemos descer ao nível delas. Portanto, é tarefa do professor, preparar a lição apropriadamente e até comparando as traduções, e transformar a mensagem numa linguagem simples e acessível as crianças, sem ser infiel ao sentido real da mensagem, não é tarefa fácil, mais certamente muito gratificante.

Nos seminários presbiterianos, aprendemos algo semelhante, estudamos grego e hebraico, com as suas características. Contudo, na hora de transmitir o evangelho para a igreja levamos a mensagem em linguagem simples de forma que o povo compreenda o ensino de nosso Senhor Jesus, que é puro e simples, como diz o apóstolo Paulo falando da simplicidade do evangelho, ou que há em Cristo (1Co 11.3). E nas próprias palavras do nosso Senhor que diz, “Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele.” (Mc 10.15)

sábado, 17 de dezembro de 2011

Ensina a Criança


O livro de Provérbios, escrito e organizado em sua maior parte por Salomão rei de Israel, filho de Davi, descreve dentre outros assuntos a responsabilidade para com a educação dos pequeninos, é nele que se encontra escrito um dos textos mais conhecido quando o assunto é o ensino das crianças no caminho do Senhor: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele." (Pv 22.6)

Um dos propósitos pelo qual esse livro foi escrito, foi exatamente a instrução dos jovens de Israel, nele existe ensinamentos relacionados à todas as áreas da vida e a educação do jovem e da criança. Portanto devemos ensinar a criança “o temor do Senhor (Pv 24.21), para que sejam sábias e andem pelo caminho que conduz a vida, respeitando os seus pais, ouvindo os seus conselhos e assim sendo motivo de alegria para eles e não de tristeza. (Pv 1.8-9; 6.20; 10.1; 17.25; 29.17; 19.26; 19.13).

Assim, como o apóstolo João disse dos cristãos, os pais dirão quando vir seus filhos sempre nos caminhos do Senhor, "Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade."(3 Jo 1.4), e poderão ainda, dizer como Josué seja qual for as circunstâncias: "Eu e minha casa serviremos ao Senhor" (Js 24.15).


Além disso, Deus sempre demonstrou interesse especial pelas crianças, desde os tempos antigos, já na aliança com Abraão Ele disse: “Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu Deus e da tua descendência.”(Gn 17.7). 

Quando o SENHOR instituiu a Páscoa disse que as crianças deviam ser informadas sobre o significado dessa festa que é uma das mais antigas do mundo.

Guardai, pois, isto por estatuto para vós outros e para vossos filhos, para sempre. E, uma vez dentro na terra que o SENHOR vos dará, como tem dito, observai este rito. Quando vossos filhos vos perguntarem: Que rito é este? Respondereis: É o sacrifício da Páscoa ao SENHOR, que passou por cima das casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios e livrou as nossas casas. Então, o povo se inclinou e adorou.” (Êx 12.24-27).

Nas tábuas da Lei dada a Moisés, na aliança que o Senhor fez com o seu povo, as crianças também são mencionados em alta consideração: “...Eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.” (Êx 20.4-6).

Dessa forma no Livro de Deuteronômio ficou registrado uma ordem de Deus, que se tornou uma das principais confissões dos judeus conhecida atualmente por "Shemá - Ouve". Pois a declaração diz: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.” O texto ainda, descreve que os mandamentos do Senhor devem ser ensinados aos filhos e aos filhos dos filhos para que eles também temam ao Senhor.

   
“Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR, teu Deus, se te ensinassem, para que os cumprisses... para que temas ao SENHOR, teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida; e que teus dias sejam prolongados... Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te... Quando teu filho, no futuro, te perguntar, dizendo: Que significam os testemunhos, e estatutos, e juízos que o SENHOR, nosso Deus, vos ordenou? Então, dirás a teu filho: Éramos servos de Faraó, no Egito; porém o SENHOR de lá nos tirou com poderosa mão... O SENHOR nos ordenou cumpríssemos todos estes estatutos e temêssemos o SENHOR, nosso Deus, para o nosso perpétuo bem, para nos guardar em vida, como tem feito até hoje.” (Dt 6.1,2, 4-7, 20-21).


O Senhor Jesus também demonstrou um carinho todo especial pelas crianças e ficou registrado por seus discípulos o seu grande interesse pelos pequeninos, quando os seus discípulos tentavam impedir a aproximação delas. “Trouxeram-lhe, então, algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos e orasse, mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus... Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele. Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava.” (Mt 19.13,14; Mc 10.15,16).

Assim também, as famílias e as igrejas de nossos dias devem dá atenção especial aos pequeninos do Senhor, os pais, os pastores, professores e auxiliares devem reconhecer o privilégio e a responsabilidade que há na educação infantil, pois esse é um trabalho de grande importância para a família e para a igreja do Senhor.

Por isso, dediquemo-nos e procuremos executar da melhor forma possível essa tarefa que nos foi confiada pelo Senhor da Igreja, certamente há uma grande recompensa da parte do nosso Deus para aqueles que o amam e servem de todo o coração. Ele nos chamou para compartilhar a sua Santa Palavra também com os pequeninos, pois, as crianças precisam igualmente aprender o valor e a importância da Palavra de Deus para suas vidas, e assim devem aprender a amá-la e guardá-la em seus corações.